Tu me manques!
Ricordo affetuoso!
Sehnsuch!
Saudade!
Depois da leitura: A saudade, a
nostalgia e o inefável, matéria na revista filosofia ciência e vida, nº72,
escrita por Renato Nunes Bittencourt, fiz inferências das definições mais
emblemáticas sobre saudade. O autor faz uma alusão muito interessante sobre o
vocábulo e mostra a importância do cultivo desse amor dolorido necessário à
humanidade e traz diversas definições de outros autores.
Ele diz que no
ambiente atual há um esvaziamento das relações humanas, uma alienação
existencial, uma massificação da cultura, um embrutecimento da mente pela
espetacularização da realidade e uma superficialidade subjetiva, por isso
reforça a ideia de refletir sobre a saudade para valorizar aspectos da nossa
interioridade. Quando eu escrevia as definições, observei quem em vez de escrever
saudade, escrevia a palavra saude. Quando terminei e fui reler todas as
definições percebi esse ato falho. Escrevi saude,
mas lia a palavra saúde querendo
escrever saudade. Então, decidi aproveitar este direcionamento não programado
para fazer minha definição da palavra saudade. Direi que saudade é uma saudação
a uma saúde não acentuada.
Confira abaixo todas as definições entendidas na leitura do texto.
Saudade: uma vivência ausente de desejo.
Saudade: uma realização atemporal.
Saudade: uma transgressão da realidade cotidiana.
Saudade: uma esfera inefável.
Saudade: uma singularização do ser.
Saudade: um conflito. Isto é, uma alegria triste.
Saudade: uma solidão recoberta por pensamentos.
Saudade: a presença de uma ausência.
Saudade: um atenuante da miséria humana.
Saudade: um eu te amo disfarçado.
Saudade: uma saudação a uma saúde não acentuada.
Alan Nascimento
Se eu morresse de saudade - Maria Bethânia.
Postado por Alan Nascimento