Subjetividade é a palavra mais enfatizada até agora por nossos professores. Eles apresentam a construção da subjetividade por intermédio das nossas relações com o mundo. Cada indivíduo realiza a sua forma de relacionamento. Somos seres únicos e diversos ao mesmo tempo. Isto é, somos uma identidade recheadas de n fatores. Somos biológicos e sociais. Somos uma representação cultural.
A hereditariedade e o ambiente será uma eterna discussão. Davidoff (2001), afirma, "do início até o fim da vida, os organismos estão sendo constantemente moldados tanto pela hereditariedade como pelo ambiente. A natureza e a extensão de uma influência sempre depende da contribuição de outra." Ela ainda sugere: devemos estudar a parte biológica e social como fatores de influências, não como determinantes. Chego a conclusão que somos uni e multi. Não somos nós nem somos os outros. Para exemplificar esta abordagem, trago duas referências. A primeira, a letra da canção de Tom Zé - Unimultiplicidade.
Unimultiplicidade
Tom Zé
Neste Brasil corrupção
pontapé bundão
puto saco de mau cheiro
do Acre ao Rio de Janeiro
Neste país de manda-chuvas
cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem
de São Paulo a Belém
Pego meu violão de guerra
pra responder essa sujeira
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade
Não tenho nada na cabeça
a não ser o céu
não tenho nada por sapato
a não ser o passo
Neste país de pouca renda
senhoras costurando
pela injustiça vão rezando
da Bahia ao Espírito Santo
Brasília tem suas estradas
mas eu navego é noutras águas
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade
pontapé bundão
puto saco de mau cheiro
do Acre ao Rio de Janeiro
Neste país de manda-chuvas
cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem
de São Paulo a Belém
Pego meu violão de guerra
pra responder essa sujeira
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade
Não tenho nada na cabeça
a não ser o céu
não tenho nada por sapato
a não ser o passo
Neste país de pouca renda
senhoras costurando
pela injustiça vão rezando
da Bahia ao Espírito Santo
Brasília tem suas estradas
mas eu navego é noutras águas
E como começo de caminho
quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho
a casa da humanidade
A segunda referência, o poema O outro de Mário de Sá Carneiro, contemporâneo de Fernando Pessoa, cantando e interpretado por Adriana Calcanhotto. Dizem que Mário de Sá Carneiro conseguiu definir o indefinível.
O Outro
Adriana Calcanhotto
Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro.
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro.
Confira e opine.
Fontes bibliográficas:
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à psicologia. São Paulo: Person Makron Books, 2001.
Alan Nascimento
E assim vamos ser, como psicólogo, aprender a ouvir sem julgar, ver sem me escandalizar e sempre acreditar no bem. Mesmo na contra-esperança, esperar. E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra, do conselho, da minha sinalização. (Walmir Monteiro)
ResponderExcluirbeijos Elaine Marise