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O homem que confundiu a mulher com
o chapéu era uma pessoa que tinha problemas em partes visuais do cérebro. Ele encarava as pessoas com os ouvidos. dr. P., como era chamado, era um músico excelente , fora célebre cantor e professor de
música. Nas aulas de música, começa a aparecer os primeiros relatos e eventos
que abrangem o seu déficit . O interessante na história é que a suspeita de um déficit cerebral foi indicada
por um oftalmologista. Depois dessa suspeita, o profissional encaminha dr. P. para o neurologista Oliver Sacks. Fazemos a inferência,nesse
ínterim, a importância da educação em caráter multidisciplinar. O profissional não é habilitado para cuidar do problema, mas possui o conhecimento necessário para encaminhá-lo para outra área de referência.
A seguir, há uma listagem de tópicos interessantes depois do término da leitura.
A seguir, há uma listagem de tópicos interessantes depois do término da leitura.
Ações praticadas
por Doutor P.
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Acariciava hidrantes pensando que
fossem crianças.
·
Fabulava características
inexistentes quando solicitado para analisar uma figura.
·
Ele reconhecia formas abstratas
perfeitamente.
·
Doutor P. não conseguia descrever
uma cena simples de um filme: fazia comentários marcianos quando indagado sobre
as cenas.
·
Não reconheceu uma rosa vermelha
nem uma luva, mas fez as descrições de
ambas.
Veja as
descrições:
A
flor:
“Uns quinze
centímetros de comprimento”, comentou. “ Uma forma vermelha em espiral, com um
anexo linear verde.” Não tem a simetria
simples dos poliedros regulares, embora talvez possua a simetria própria,
superior.
A
luva:
Cinco bolsinhas protuberantes
que pode guardar conteúdos. Poderia ser um porta-moedas, por exemplo.
O caso de Doutor
P.
Ele
tinha os lobos temporais em estados perfeitos. Os lobos temporais são responsáveis
pelo córtex musical.
Era
um homem perdido em um mundo de abstrações. P.29
Os
lobos parietal e occipital têm partes responsáveis pela visão.
Tinha
déficit no campo visual interno e externo
Ele
lembrava com as palavras, e não com imagens.
A
descrição de esquemas estava preservada em Doutor P.
Doutor
P. não conseguia fazer alguma coisa caso não se transformasse em canção.
Fonte:
SACKS, Oliver. O homem que confundiu sua mulher com o chapéu e outras histórias
clínicas. São Paulo: Companhia das letras, 1997.
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